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XRE 300: Boa, bonita e extremamente competente

A nova XRE 300 chega com visual arrebatador e mantém a aptidão para encarar as mais variadas condições de uso com extrema competência e segurança.

A Honda apresenta a nova XRE 300 2020 com novas cores e dois exclusivos grafismos nas versões Rally e Adventure, mantendo o DNA e a identidade do modelo lançado há uma década. A nova versão chega com pequenas alterações técnicas, como a adoção da iluminação totalmente em LED, novas alças para o garupa (em resina) e a retirada do sistema de freios combinados CBS, subtração que deixou a pequena aventureira urbana cinco quilos mais leve, apesar da adoção do sistema de freios ABS de dois canais como ítem de série. O sistema ABS de dois canais é independente em cada roda, por isso permite um melhor controle do piloto no fora de estrada e em dias de chuva. Totalmente abastecida com 13,8 litros de combustível no tanque e os dois litros de óleo do motor, a XRE 300 pesa 164 kg.

Força motriz

O motor monocilíndrico refrigerado a ar com 291,6 cilindradas vem equipado com injeção eletrônica PGM-FI e tecnologia flex, que o faz render 25,6 cv de potência a 7.500 rpm e 2,80 kgf.m de torque a 6.000 rpm quando abastecido com etanol. Com gasolina o motor perde um pouquinho, mas a diferença é de apenas 0,2 cv na potência e 0,04 kgf.m no torque, valores praticamente insignificantes para o uso normal da motocicleta. Agora, se você pretende colocá-la para gritar em trilhas, será melhor abastecer com etanol.

Um projeto arrojado

O chassi e as suspensões dianteira e traseira têm uma progressividade de funcionamento perfeita para o porte da motocicleta, proporcionando uma agilidade impressionante em meio ao trânsito e uma progressividade excelente em nosso lunático pavimento, cheio de crateras. A balança traseira é de alumínio e está ligada a um monoamortecedor através do sistema Pro-Link, e as rodas raiadas têm aros em alumínio de 21 polegadas na dianteira e 18 atrás, propícias para dar maior robustez ao conjunto, inclusive para encarar o off-road mais pesado.

Ela está mais ágil, mais fácil e mais responsiva, não só na maneabilidade, bem como nas acelerações. No fora de estrada ela se comportou perfeitamente e transmitiu muita confiança graças à leveza do conjunto que permite ao piloto colocar a motocicleta no caminho que escolher sem dificuldade e sem sustos, tal qual as motos especiais fabricadas exclusivamente para isso. Os pneus Metzeler Sahara de uso misto se mostraram competentes no fora de estrada, bem limitados na lama, porém muito eficientes no asfalto. Tanto no seco como na chuva eles trasmitem segurança e permitem muita diversão para contornar curvas. A posição de pilotagem elevada mantém o corpo ereto e bem relaxado, proporcionando maior conforto para encarar viagens longas, como pude comprovar nas viagens para avaliações entre o litoral e o interior de São Paulo.

Freios de pegada

Nas frenagens, as respostas são imediatas e a sensação de controle na dosagem de força, auxiliada pelo ABS, é fantástica, com ótimo tato e perfeita sensação de controle na ponta dos dedos, mesmo no fora de estrada.

É verdade que com o longo curso de suas suspensões há mais deslocamento de peso para a dianteira e o afundamento das bengalas, mas o movimento não afeta as frenagens, e a calibragem do ABS é absurdamente fina, mesmo na terra solta ou na lama o pulsar do manete é mínimo, comportamento que, sem dúvida, deixa a moto bem mais segura mesmo para principiantes. Fiquei impressionado com a elasticidade do motor, por exemplo, rodando na estrada a 120 km/h e 7.000 rpm foi só acelerar até o fim do curso do acelerador para que a XRE respondesse prontamente e começasse a ganhar velocidade até o limite eletrônico, quando entra a faixa de corte a 9.000 rpm para poupar o motor, com o velocímetro marcando 153 km/h.

O consumo no percurso misto entre cidade e estrada ficou na casa dos 30 km/l quando abastecida com gasolina e 25 km/l quando abastecida com etanol e tocada de maneira normal, sem exageros, nem de “arrepios”, nem de “molengagem”. Na cidade rodando na “casquinha” do acelerador e respeitando o limite máximo de 60 km/h ela faz 42 km/l abastecida com gasolina. Na estrada a 100 km/h constantes reparei 35 km/l no computador de bordo do novo painel Blackout.

Beleza nas linhas

O design foi revigorado com novas carenagens e novos para-lamas superior e inferior com mais ângulos e vincos, o que modernizou o conjunto e, segundo a fábrica, ainda colaborou para a redução de peso e otimização da aerodinâmica, inclusive com maior proteção para o piloto. As novas alças da garupa têm o bagageiro integrado e são fabricadas em resina de alta resistência, ajudando na redução de peso.

A iluminação é Full LED e tem um detalhe muito legal que são as setas inspiradas na Africa Twin. À primeira vista parecem ser a mesma peça, mas no detalhe é só boa parte do design que se assemelha. O conjunto agrega valor ao visual e melhora a visibilidade e a iluminação, além de ocupar menos espaço, reduzir o peso e poupar a bateria com menor consumo de energia.

Informação digital

O painel de instrumentos digital, embora seja bem compacto, é completo nas informações, possui conta-giro de barra, computador de bordo que comunica o consumo instantâneo, facilitando o cálculo da autonomia, além do hodômetro total com duas parciais e relógio. O fundo preto ajuda na leitura das informações, mas com determinadas incidências de luz e leitura exige mais esforço do globo ocular.

Achei a XRE 300 perfeita para encarar o trânsito do dia a dia pela agilidade e simplicidade na pilotagem, serpentear entre os carros é fácil e fica até divertido, tamanha leveza, mas ao mesmo tempo ela se dá muito bem na estrada, permitindo viagens de fim de semana com economia se você tiver paciência de manter velocidade até 120 km/h.

Competência

Particularmente gostei muito desta versão Rally que avaliamos, inspirada nas motos do time Honda Racing e muito parecida com a irmã CRF 1000L Africa Twin. Desde o seu lançamento em 2009, a Honda XRE 300 sempre esteve entre as dez motocicletas mais vendidas no mercado brasileiro, sinal de quanto agradou o público.

Mas a XRE 300 continua extremamente competente e entrega o que promete, em um conjunto sofisticado e muito equilibrado que permite iniciantes e experientes se divertirem tanto na cidade como nas estradas e se você for mais aventureiro ela vai trazer diversão no off-road. A versão Rally do teste tem DNA de aventura e, graças ao motor de bom torque, a ampla faixa de aproveitamento das rotações e ao perfeito escalonamento do câmbio de cinco marchas, tem excelentes respostas e está sempre de prontidão. Não importa em que tipo de situação, seja por trilhas apertadas, para transpor obstáculos ou para retomadas em alta rotação na estrada, câmbio e motor respondem com responsabilidade.

Virtudes e custo-benefício

As virtudes da XRE 300 estão nas boas respostas ao acelerador, no design mais moderno e no conforto proporcionado pelo excelente conjunto de suspensões, ótima posição de pilotagem com o guidão e pedaleiras bem posicionados, deixando a ergonomia bem relaxada, tanto para piloto como para o garupa, que ainda dispõe de alças com pegada mais segura. O preço é bem justo para o que ela proporciona.

Primeira impressão, por Alexandre Nogueira

A Honda XRE 300 é uma moto polivalente, uma guerreira e fica um patamar acima quando o assunto é enfrentar as mais variadas condições e solicitações, sejam elas urbanas, estradeiras ou aventureiras. Ela é ágil e muito divertida graças à ciclística refinada e por isso proporciona passeios gratificantes e seguros, com muita competência e economia.

É impressionante como ela é capaz de engolir qualquer imperfeição, posso dizer que ela se saiu melhor do que algumas maxitrail. Os freios são bem potentes e moduláveis, bem adequados também para o fora de estrada, transmitindo muita segurança. A XRE 300 entrega o que promete por um preço muito honesto e ela se destaca na sua categoria.

Fonte: Motociclismo Online

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