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Test ride Honda CB 500F 2020: nova geração mais refinada
A nova CB 500F foi uma das principais atrações da Honda no último Salão Duas Rodas e agora está prestes a chegar às lojas, com início das vendas previsto para março. O modelo tem mudanças mecânicas, incluindo a adoção de embreagem deslizante e assistida, e também novidades no design.
O visual está mais agressivo, anguloso, fazendo questão de mostrar o motor e chassi – com um ar quase de streetfighter. Já a proposta do modelo segue a mesma, de entregar potência, segurança e conforto para o trânsito diário e diversão para uso em rodovias e viagens curtas.
Nova CB 500F
Antes de falar sobre o que mudou e o que foi mantido na nova geração da CB 500F vale lembrar que a irmã CB 500X também mudou, recebendo novidades mais profundas que a naked, o que incluiu novas rodas e suspensões, por exemplo. E que, aos poucos, elas seguem caminhos diferentes para atender da melhor forma suas propostas específicas. Assim, já não compartilham mais os mesmos mapas de injeção, rodas, suspensões e sub-chassi, desenvolvendo componentes mais adequados ao uso que terão nas mãos de consumidores com necessidades diferentes.
Test ride CB 500F 2020
Vamos começar pelo que há de novo e depois sobre como é acelerar o novo conjunto. O visual recebeu uma série de pequenas alterações nas carenagens, farol, para lama dianteiro, espelhos, cores e grafismos. No fim, resultou num produto com ar mais agressivo, bem distante da primeira geração da CB 500F, de 2014. O sistema de iluminação também passou a ser full LED, com farol, setas e lanterna traseira adotando a tecnologia.
Há um novo painel de instrumentos, totalmente digital e inspirado no modelo que equipa a CB 1000R. Completo, informa sobre consumo instantâneo, consumo médio, velocidade média, autonomia, velocidade, temperatura do motor, rotação (de duas diferentes formas visuais), trip A e trip B. O layout dá ênfase à marcha engatada e conta-giros, passando certa sensação de esportividade que é reforçada pelo ajustável shiftlight. Apesar de negativo (blackout), com o fundo em preto, o acrílico que o reveste tem muito brilho, o que pode acabar gerando reflexos que atrapalham um pouco a leitura sob o sol.
A capacidade do tanque cresceu de 16,7 para 17,1 litros e o guidão passa a ser de alumínio, mais leve e com concentração de massas centralizada. O sub-chassi também é inédito.
Motor
Segue o propulsor de dois cilindros paralelos, com comando de válvulas duplo no cabeçote (DOHC), com 471 cm³ e arrefecido a líquido. Também se mantém o número máximo de potência: 50,4 cv a 8.500 rpm. Porém, ele foi reajustado para atender às novas (e rigorosas) exigências da legislação de emissões de ruídos e poluentes sem perder cavalaria ou rendimento.
Para isso, ganhou novos comandos com lift maior, possibilitando mais curso na abertura das válvulas, e também caixa de ar maior. Para enriquecer a mistura, a injeção foi remapeada e o escape internamente redimensionado. Mudanças sutis e invisíveis, mas que geraram mais fôlego em baixas e médias rotações – o que faz o pico de torque, de 4,55 kgf.m, chegar antes, aos 6.500 rpm.
O câmbio também não mudou e segue com seis velocidades. Porém, agora conta com a bem-vinda embreagem deslizante e assistida, que evita o travamento da roda traseira mesmo em bruscas reduções de marchas e oferece um acionamento muito suave do manete.
Como é acelerar a nova CB 500F
Tivemos a oportunidade de rodar com a nova geração da CB 500F num trajeto de aproximadamente 100 quilômetros na região de Campos do Jordão (SP). Assim, percorremos trechos urbanos, de serras sinuosas e de largas rodovias.
Logo no primeiro contato o visual agrada, mostrando bom acabamento em cada detalhe – como na textura que imita fibra de carbono no plástico que reveste o farol. Depois, basta acelerar por alguns metros para ter a sensação de que se está com uma velha conhecida, afinal a ciclística bem acertada e o motor com progressão previsível passam segurança ao motociclista.
Fonte: Moto Online