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Cinco dicas para quem está começando
Enfim, você conseguiu! Sua primeira moto está bem na sua frente e agora começará o convívio que, nos seus planos, será maravilhoso. Para que isso realmente seja verdade é importante seguir cinco regrinhas bem básicas. Seguidas à risca elas garantirão que estes primeiros momentos não sejam traumáticos no mais amplo sentido da palavra. Vamos lá…
1) PRATIQUE EM UM LUGAR SEGURO
Por mais que você se ache talentoso (ou talentosa!), que tenha recebido elogios do instrutor da moto-escola e que passado de cara no exame para obtenção da CNH, lembre que apenas a experiência – quilômetros rodados – fará de você um (ou uma) motociclista de verdade, capaz de encarar as mais diversas situações. A receita ideal é começar praticando em um local tranquilo, com pouco ou nenhum movimento. Estacionamentos vazios são ideais assim como pátios ou ruas largas sem tráfego intenso. O objetivo é adquirir alguma intimidade com os comandos da moto, treinar a importante coordenação entre mãos, que comandam guidão, acelerador, embreagem e freio dianteiro e pés, encarregados do câmbio e freio traseiro. Quando estiver razoavelmente seguro, progrida gradualmente: vá à ruas mais tranquilas, depois às mais movimentadas, avenidas e, por fim, vias expressas e rodovias. Quanto mais gradual, melhor. Não tenha pressa de ganhar o mundo pois de moto ele já é seu!
2) FREIE CERTO
Nesses primeiros quilômetros “sentir” como cada comando reage é fundamental. Entre todos eles, os mais importantes são os que atuam na frenagem. Possivelmente você já deve ter ouvido que o freio principal de uma motocicleta é o traseiro e isso é ERRADO. A verdade é exatamente oposta, ou seja, será sempre o freio dianteiro o responsável em maior grau por uma desaceleração consistente, cabendo ao freio traseiro uma espécie de papel coadjuvante, na proporção de 70% da força para o dianteiro e 30% no traseiro. Há, porém, exceções: em pisos de baixa aderência (areia, terra, cascalho) o ideal é dosar a frenagem de modo que a ação incida de maneira igual em ambas as rodas. Para aprender a frear treine frenagens começando bem devagar, alternando cada um dos comandos, traseiro e dianteiro, para entender como cada um atua. Em seguida, passe a frear com ambos dosando a força do modo indicado acima.
3) EQUIPADO, SEMPRE
Capacete, luvas, jaqueta e calça com proteção nas articulações e bota que ao menos cubra seus tornozelos: esse é o modelito padrão de todo o bom motociclista. A escolha destes equipamentos deve levar em consideração não apenas fatores estéticos mas de adequação ao clima e conforto. Um capacete bonitão nem sempre é o melhor, e por melhor entenda um que se ajuste de forma exata a sua cebeça, sem pressão desconfortável, mas principalmente sem folga. E quanto ao resto do equipamento, há no mercado uma extensa oferta de trajes específicos para motociclistas, e a escolha deve ter com critério a sábia parceria entre conforto e proteção.
4) OLHO NO PISO
Ter apenas dois pequenos pontos de apoio com o solo dão às motos uma estupenda agilidade além de maneabilidade divertidíssima. Mas o lado ruim é a sensibilidade a defeitos da pavimentação. Como evitar problemas? Todo motociclista que se preza tem de aprender onde “pisar”. Desviar de irregularidades e buracos é a parte mais óbvia. Menos simples é perceber que aquele asfalto mais escuro logo à frente pode ser uma mancha de óleo, ou que o melhor lugar para colocar os pneus quando se segue um veículo qualquer (principalmente em piso molhado) é exatamente no “trilho” deixado por quem nos antecede.
5) POSICIONAMENTO
Uma regra de ouro para a saúde do motociclista é buscar o melhor posicionamento, estar bem visível para os outros usuários da via. Tente sempre se posicionar de modo a ser visto, e seguindo um carro coloque-se onde você consiga enxergar nos espelhos retrovisores de quem vai à sua frente os olhos do motorista. Se você está vendo ele, ele também verá você! Manter a distância é outra dica óbvia, mas que por vezes é impossível em ruas com trânsito pesado. Nesta situação, na medida do possível busque manter distância de quem vai à frente para permitir reação (frear ou desviar) em caso de manobra imprevista. Outra atitude saudável é jamais deixar que “colem” demais na sua traseira. Dê passagem logo, mude de pista ou acelere para se distanciar.
Fonte: Honda